RADICALISMO: um dos cancros que consomem nossa humanidade.
Existem infinitos pontos na linha que vai de um extremo ao outro, assim como cinzas entre o preto e o branco.
Nada é totalmente bom ou mau. Leste e oeste se encontram em algum lugar do círculo, Direita e esquerda dependem da perspectiva, assim com em cima ou embaixo, dentro e fora.
O que enriquece nosso mundo é justamente esta modulação entre a diversidade, o antagônico. Diversidade no sentido etimológico, de diverso, múltiplo, não da obscura apropriação política.
Quando nos debruçamos neste abismo da radicalidade nos arvoramos da divindade do Olimpo, onde tudo é permissível pela aparente superioridade sobre os "outros".
Do pensamento radical derivam várias de nossas mazelas. Violência, preconceito, crueldade, banalização da vida e do espaço alheio, o embotar de sentimentos e valores que nos distinguem de um líquen.
É um dos cancros que estão a derrotar nossa humanidade.
Enquanto máquinas se assemelham ao homem, cada vez mais, este canibaliza sua essência, corrói o que tem de mais nobre e bom no seu espírito.
Qual será nossa herança?
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