sexta-feira, 30 de outubro de 2020

O Ser Radical


RADICALISMO: um dos cancros que consomem nossa humanidade. 

Existem infinitos pontos na linha que vai de um extremo ao outro, assim como cinzas entre o preto e o branco. 

Nada é totalmente bom ou mau. Leste e oeste se encontram em algum lugar do círculo, Direita e esquerda dependem da perspectiva, assim com em cima ou embaixo, dentro e fora.

O que enriquece nosso mundo é justamente esta modulação entre a diversidade, o antagônico. Diversidade no sentido etimológico, de diverso, múltiplo, não da obscura apropriação política. 

Quando nos debruçamos neste abismo da radicalidade nos arvoramos da divindade do Olimpo, onde tudo é permissível pela aparente superioridade sobre os "outros". 

Do pensamento radical derivam várias de nossas mazelas. Violência, preconceito, crueldade, banalização da vida e do espaço alheio, o embotar de sentimentos e valores que nos distinguem de um líquen. 

É um dos cancros que estão a derrotar nossa humanidade. 

Enquanto máquinas se assemelham ao homem, cada vez mais, este canibaliza sua essência, corrói o que tem de mais nobre e bom no seu espírito.

Qual será nossa herança?

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