quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Mediação - Arte em Espaços Urbanos


 Foto - Nathalia Castro - De dentro de um táxi...

Espaços Urbanos ...arquitetura, arte e o que mais? 

Onde estivemos, onde estamos, para onde vamos? 

Que espaço ocupamos e ocuparemos? 

Quantos somos?  Quantos seremos?

Se o espaço é nosso qual é nossa responsabilidade sobre o espaço? 

A crítica vem com solução? 

O que é politização do espaço? 

Qual é a relação viável da Arte com o Espaço Urbano? Ocupação ou politização? 

O que é considerado Arte no Espaço Urbano? 

Como preservar a afetividade em relação aos espaços da cidade? 

Quando procuramos respostas há uma necessidade de organizar as perguntas, e tentar uma consulta ou definição interna antes de consumir pensamentos impressos. 

Com muita frequência importamos ideias prontas  e deixamos de ver as  que estão mais próximas de nós, ou que derivam das nossas próprias experiências.

Em relação as cidades, principalmente a que é nosso habitat, temos direitos e deveres, porque a sociedade é soma dos indivíduos e a cidade é o reflexo do comportamento destes indivíduos. 

Quando pensamos politicamente deixamos de ver os indivíduos, o grupo, como um organismo heterogêneo que tem intenções (boas e más) e ações  independente das ideologias que o habita. 

As cidades são mutantes, tanto como as sociedades. Mudanças geralmente  irreversíveis a não ser que o homem reverta ações e conceitos pessoais.

Cidades  pertencem ao todo. Ao indivíduo que anda, que senta, que vende, que consome, que trabalha, come, dorme, acredita e desacredita, que por ela transita movido por razão pessoal e única. 

Atender a todas expectativas é um desafio. Organizar os espaços de maneira que acolham a todos  nas variadas  pretensões é um gigantesco desafio, pois esta abrangência de  necessidades, em teoria, deve ser considerada. 

Quando privilegiamos as exigências de um grupo em detrimento de outro estabelecemos uma linha preconceituosa de pensar. 

Somos pequenas bolhas,  e agregados segundo nossas semelhanças formamos bolhas maiores que geralmente enrijecem. 

Para o bem viver comum as paredes destas bolhas necessitam de flexibilidade. 

Porquê não aceitar as diferentes ânsias dentro de uma população? 

Porquê julgamos que a nossa necessidade é a mesma do outro? Maior e mais importante ? Ou mais correta? 

 

Urbanismo: o saber e a técnica da organização e da racionalização das aglomerações humanas, que permitem criar condições adequadas de habitação às populações das cidades. 

 

 Para que se pratique urbanismo de forma abrangente há de se abolir o sentimento paternalista, aquele do pai que considera certo para o filho o que lhe faz feliz. E transforma esta sensação de adequado em certeza do correto. 

Equilíbrio é algo a se considerar. Posições  não radicais levam a serenidade, do meio termo, do bom senso. Não são palavras vãs. Sugerem a estabilidade do bem comum.

No meio...

Modernamente há premente  necessidade de acomodar mais pessoas em lugares menores. Necessitamos  espaços comunitários que atendam expectativas da diversidade advinda da espécie humana, tão veementemente única em cada indivíduo, na medida do possível.

Somos seres sociais e só organizaremos bem nossos espaços e atividades de grupo quando nos organizarmos como indivíduos, que pensam além do território individual.

E a medida que nos posicionamos  com racionalidade dentro do social, refletindo sobre nossas escolhas e objetivos,  estaremos aptos as ações,  sem estourar a bolha alheia, agregando e não segregando.

Quando  descrevemos uma situação que nos afeta é bom ter em mente o quanto afeta o outro, e ao atingir consenso apontar ou buscar caminhos possíveis. 

Partir do particular para se chegar ao todo. Do nosso particular e do alheio.

No bem estar social pequenas ações as vezes funcionam como sementes, noutras  se perdem  na vastidão. Entretanto  se o indivíduo  se permite frequentar outras bolhas  é obtido um alargamento de horizontes.

Alargar horizontes permite o elaborar de muitas ideias e soluções. 

Um texto interessante para se ler exemplificando  como diferentes sociedades  tratam seus espaços, de acordo com a cultura histórica que carregam.


 

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