Modernismo! Palavra que por si representa renovação e aflorar de novos tempos. Lufadas de vivacidade.
Exatamente o que aconteceu no século XIX como expressão de um movimento cultural abrangendo estilos e variadas formas de arte: literatura, arquitetura, design, pintura, escultura, teatro e música entre outras.
Nas artes plásticas podemos afirmar que contemporâneo era romper com os padrões estéticos e técnicas preconizados pelas Academias, baseados nas antigas obras dos grandes mestres.
Várias, e magníficas, escolas surgiram impactando artistas contemporâneos. Estes, valorosos contestadores seguiam os caminhos tradicionais de estudo para refutá-los. Entretanto mantinham reverência aos que sempre foram ícones de arte.
História humana, cíclica por natureza, sempre se repete. Nos erros, quiçá nos acertos, e também na saturação.
Anteriormente academias tradicionais rejeitavam expressões artísticas modernistas, apegadas ao tradicional. Atualmente no staf artístico encontra-se enraizado este culto pela "não arte".
Diverge o foco e mantém-se o princípio.
O homem tem dificuldade para aceitar o que não está estabelecido ao seu redor, e resiste à mudança de paradigmas convencionados.
Quando atinge o fundo de uma cisterna tem dificuldade em voltar os olhos para a luz. Um arremedo interpretativo da fábula dos "três macacos sábios"
Desconstruir parâmetros e paradigmas é o novo clássico, a rotina e escolas pré modernistas se tornaram párias.
Eurocentrismo é sinônimo de arte parasita, sugadora das primitivas e folclóricas, como a africana ou aborígene, sublimando artes de pequenos grupos.
Ignorando que somos um só corpo onde culturas se entrelaçam e se alimentam umas das outras.
Rastilho de pólvora a se alastrar nas confrarias de pares simbióticos para neutralizar a grandeza de algumas expressões artísticas, empenhados em validar a "não arte".
Uma tendência negacionista e discriminatória se estabeleceu no planeta..
Porém, em termos de história humana, se considerarmos o atropelo do nosso século, este afluente do precursor modernismo cresce em viés decrépito. Uma tendência quase arcaica.
Contemporâneo do vigente é renascer se debruçando sobre técnica, forma, cor e maestria. Como no passado longínquo, porque é antagônico ao que era novo um ou dois séculos atrás..
Afinal o homem é naturalmente um antagonista.
Ressurge o antigo em pequenas doses; afirma-se a admiração pela beleza, equilíbrio e harmonia, mesmo na desconstrução.
Moderniza-se o "Modernismo" quando lapidados os excessos.
A febre da novidade dos séculos adjacentes, revelou descompassos. Super aqueceu e convulsionou. Caiu no cotidiano, na réplica da réplica, na mesmice de crias menos talentosas.
Algumas vertentes do modernismo envelhecem e amargam.
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