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quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Elaine Santos
"Descobri, diante de um desafio de voltar às artes/exposição, que o crochê já era a minha linguagem há muito tempo.
Desde os 12 anos de idade, aprendi com avós, vizinhas e madrinhas a arte de traduzir os fios em pontos e peças.
Hoje, penso no meu trabalho como um mix de tudo: traços de gravura, combinados aos fios metálicos de cobre e lã, aliados a materiais não convencionais como suporte.
Tudo isso para provocar o espectador e tirá-lo da zona de conforto ao ver uma obra produzida...quando pergunta:
- Mas, é crochê?
Sim, é crochê!"
Onde conhecemos os interessantes personagens da arte? Nas vernissages é claro.
E foi numa festa animada no Chelsea Bar que me vi em séria troca de ideias com Vivien e Elaine, sobre tons de cinza. Para o cabelo.
Como se fôssemos velhas amigas. Sensação que perdura até hoje.
Elaine é uma personalidade forte, gentil e esfuziante. Moderna pin up.
Características que saltam aos olhos na arte em crochet , que considero envolta em mistérios absolutos.
Familiarizada com fios e agulhas nunca fui amiga deste fazer encantador.
Imagino a perseverança e a dificuldade para tecer estas figuras absolutamente lindas, que povoam paredes, chão, mobiliário ou que simplesmente transitam pelos ares penduradas por fios invisíveis.
A obra de Elaine Santos desperta consumismo, a vontade de ter.
Ao visitar a exposição " Além da Matéria" no Museu Rosa Cruz preenchi o olhar com peças delicadas e exuberantes, como o peixe luminoso tecido em fios de cobre.
- Mas é crochet?
Sim! É crochet!
Este meu inimigo de infância, com quem nunca entrei em acordo, e que provocou muita admiração através destas peças feitas pela artista Elaine, que desafia o lugar comum reinventando arte tão antiga com inusitada originalidade.
Vídeo: Detalhes da Obra
Contato: Infinita Arte - Canais de Contato
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